sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Um pouco da histório do 9º Grupo de Artilharia: Unidade irmã (18º Grupo de Artilharia de Campanha) comemora 99 anos

28/Novembro/2007 | Da Redação




18° Grupo de Artilharia de Campanha: presença em Rondonópolis desde 1975


O 18º Grupo de Artilharia de Campanha (18°GAC) comemora hoje 99 anos de existência. O Grupo foi criado pelos decretos 6.971 de 4 de junho e 7.054, de 6 de agosto, ambos de 1908, e implantado em 28 de novembro do mesmo ano, conforme a Ordem do Dia do Exército nº 137, de 30 de novembro de 1908.

http://www.atribunamt.com.br/?p=12436

Inicialmente, denominou-se 5º Regimento de Artilharia Montada, instalando-se às margens do Rio Aquidauana, compondo-se de apenas 52 homens, que realizaram o difícil deslocamento do estado do Rio de Janeiro, com a finalidade de estabelecer uma maior presença militar no Estado de Mato Grosso.

Em 1914, foi transferido para a cidade de Campo Grande, onde em 1919, passa a denominar-se 11º Regimento de Artilharia Montada. Em 1920, reduzido a apenas um Grupo, passa a denominar-se 1º/11º Regimento de Artilharia Montada. Em 1935, passa a denominar-se Regimento Misto de Artilharia, agora com um Grupo de Dorso, um Grupo a cavalo e uma Bateria Motorizada. Em 1938, desmembra-se o Regimento. Um Grupo desloca-se para Aquidauana-MS (origem do atual 9º Grupo de Artilharia de Campanha de Nioaque-MS), e o outro permanece em Campo Grande-MS, este recebeu a nova designação de 3º Grupo de Artilharia de Dorso.

Em 1946, passa a denominar-se 10º Grupo de Artilharia a Cavalo, subordinando-se à 4ª Divisão de Cavalaria. Posteriormente, recebeu as designações de 10º Grupo de Canhão 75mm a Cavalo, e 10º Grupo de Canhão 75mm Auto Rebocado. E, finalmente, em 1975, recebe o material e canhões 105mm e passa a ter nova designação - a atual - de 18º Grupo de Artilharia de Campanha. Neste ano, também é transferido para Rondonópolis e passa a integrar à 2ª Brigada de Infantaria Motorizada sediada em Corumbá-MS. Ocupara, nesta ocasião, terras, outrora, pertencentes ao Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon. Em 1978, com a criação da 13ª Brigada de Infantaria Motorizada, sediada em Cuiabá, o Grupo passa a constituí-la. (Com assessoria)

Fonte:
http://www.atribunamt.com.br/?p=12436


Comentário deste Blog:

O 9º Grupo de Artilharia é, para mim, muito caro:

Tive a dupla felicidade de, nele, me incorporar às fileiras do nosso querido Exército brasileiro (em Aquidauana) e, nessa mesma unidade (em Nioaque), encerrar minha vida militar, da qual muito me orgulho.



Eis a primeira estrofe do hino da Artilharia:

"Eu sou a poderosa artilharia
Que na luta se impõe pela metralha
A missão das outras armas auxilia
E prepara os campos de batalha"

No dia 8 de março de 1948, deixei o Banco Nacional do Comércio e Produção S/A, onde trabalhei, juntamente com Carlos Luz (de Barretos), Erasmo Cravo (de Uberaba: "Eh beraba bão!"), Alésia de Castro (filha do "Nhato"), Arnoldo Boscarski e Hernandes Boeira de Deus, sob a gerência de Attilio Cândia, a fim de me apresentar ao 9º Grupo de Artilharia a Cavalo 75 (9º G.A.Cav.75), tendo incorporado no dia 15 do mesmo mês, na Bateria Comando e Serviços, então comandada pelo 1º Tenente Fernando Pereira Falcão.

O Comandante do Grupo era o Tenente Coronel Sylvio de Azevedo Paim Pamplona e, sub- comandante, o Major Odilon Coelho Neves. (depois comandante).

Incorporaram, na mesma ocasião: Ayres Ferreira Souto, Orlando Mongelli, Vitor Elias, Clovis Pereira Mendes, Evandro Alves de Lima, Nelson Cicalise, José Dolores Patinho, Florêncio Ferreira, Carlos (da Casa Portuguesa), Aristides Alves de Albres e, muito outros, amigos e colegas.

Grata recordação tenho dos, então, capitães Tíndaro Gouvêia do Amaral, Newton Cypriano de Castro Leitão, Hélio de Lima Ribeiro, Tenente Hugo Caetano Coelho de Almeida, Aspirantes Ângelo Baratta Filho, Nelson Lucas e, do meu grande amigo, Tenente Alberto Verlangieri de Castro.

No círculo de Subtentes e Sargentos viria a conviver com Carlos Moacir da Conceição, Hargreaves Cheferrino de Lima, Heitor Chaves, Hugo Ferreira Souto, Nilson Pereira Mendes, Ulysses João Marchetti e, Napoleão, Adelar, Puglia, Euclides, Sava e outros.

Além do 9º G.A.Cav.75 , da QG da 9a. Região Militar, da Escola de Comunicações do Exército, do Gabinete do General Euclydes Zenóbio da Costa, da Escola de Saúde do Exército e, do glorioso 9º B.E. Comb., quis o destino que eu viesse a servir em várias outras unidades de artilharia, como o 1º Grupo de Canhões Automáticos Anti-Aéreos 40, comandado pelo Coronel Antonio Henrique Almeida de Moraes (depois General), cuja Primeira Bateria era comandada pelo Capitão William Stockler Pinto, depois no Grupamento Leste da Artilharia de Costa (Forte Gragoatá), novamente sob o comando do Coronel Odilon Coelho Neves, hoje General, cuja amizade muito me honra e, de quem recebi, de surpresa, grata visita, em Lambari -MG.

Finalmente, voltei a servir na mesma Unidade em que incorporei, a qual passou a se denominar 9º Grupo de Canhões Auto Rebocados 75.

Portanto, tive o privilégio de servir na Artilharia a Cavalo, Antiaérea, de Costa e Auto Rebocada, exaltadas nesta esfrofe:

Quer de costa, antiaérea ou de campanha,
Eu domino no mar, no ar, na terra,
Quer no forte, no campo ou na montanha,
Vibra mais no canhão, a voz da guerra;


A seguir, a integra do



Hino da Artilharia Brasileira
Letra por Jorge Pinheiro
Melodia por Christian Zaihn


Eu sou a poderosa Artilharia
Que na luta se impõe pela metralha,
A missão das outras armas auxilia
E prepara o campo de batalha

Com seus tiros de tempo e percussão
As fileiras inimigas levo a morte e a confusão. (BIS)

Se montada, sou par da Infantaria,
Nos combates, nas marchas, na vitória!
A cavalo acompanho a Cavalaria,
Nos contatos, nas cargas e na glória

Com rajadas de fogo surpreender
As vanguardas inimigas e depois retroceder. (BIS)

Quer de costa, antiaérea ou de campanha,
Eu domino no mar, no ar, na terra,
Quer no forte, no campo ou na montanha,
Vibra mais no canhão, a voz da guerra;

Da batalha sinistra a melodia
É mais alta na garganta da Pesada Artilharia. (BIS)

Se é mister um esforço derradeiro
E fazer do seu corpo uma trincheira,
Abraçado ao canhão morre o artilheiro
Em defesa da pátria e da Bandeira.

O mais alto valor de uma nação
Vibra n'alma do soldado, ruge n'alma do canhão. (BIS)

Hurra ! ... Hurra !... Hurra !..

Fonte: Wikisource, a biblioteca livre

http://pt.wikisource.org/wiki/Hino_da_Artilharia_Brasileira

4 comentários:

spartacus disse...

Meu nome é Baltazar. Servi em Nioaque em 1963. Fui cabo da Bateria de Comando, com nº 592. Fiquei lá 11 meses e até hoje eu sinto uma dor muito grande por ter saído de lá. Fiz o meu dever com muita honra também e se pudesse voltar eu voltaria para o 9º GCAN 75 AR.

hilton disse...

Ao ler o nome de Wiliam Stockler Pinto lembrei que servi como soldados, em 1964, na 1ª Bateria de Canhões Automáticos AntiAéreos.
O Comandante era o Major William Stockler Pinto. Lembro que se tratava de excelente pessoa. Nunca mais tive notícias, pois deve ter sido um dos injustiçados com o Golpe de 1964.
Hilton - Brasília, DF

Unknown disse...

Boa Tarde! haveria a possibilidade de saber se meu avô serviu nesse batalhão nos anos 30? há algum doc. que eu possa consultar? obrigado

Unknown disse...

Boa Tarde! Desculpe incomodar, mas grande se faz minha curiosidade a respeito de meu avô, haveria a possibilidade de eu saber se ele serviu nessa unidade de artilharia nos anos 30? há algum documento ou site q eu poderia consultar? desde já muito obrigado.