COMENTÁRIO DO PAINEL DE BLOGS DO CORONEL PAIM
Sem entrar no mérito dos dizeres contidos no documento intitulado "ALERTA Á NAÇÃO", sinto-me na obrigação de publicá-lo nos meus Blogs, em razão de minhas convicções democráticas, de meu respeito à liberdade de expressão, da qual nunca abdiquei, pois desde antes de entrar para o meu amado e glorioso Exército, fato que completará 64 anos no próximo dia 15 de março, sempre tive ao alcance de meu olhos a seguinte frase, então atribuída à Patrick Henry: "Não concordo com nada do que dizes, mas defenderei, até a morte, o direito de o dizeres".
Nesse período fui, não apenas mero espectador, mas partícipe da história militar e política do país, motivo pelo qual não poderia ficar alheio no instante em que a percepção de nossas Forças Armadas e do perfil do militares são muitas vezes distorcidos, quase sempre devido a sectarismo de alguns, de fora e de dentro da caserna, situação incompatível com o momento histórico em que vivemos, nos albores do advento do Brasil Potência, marchando aceleradamente rumo à posição de quarta economia do planeta, objetivo que sempre colimamos e do qual já podemos nos ufanar.
Em 1961, realizei palestra no Rotary Club de Aquidauana, intitulada "O SOLDADO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO BRASIL", na qualidade de representante do Comando da 1a. Cia do 9o. B.E. Comb. (a primeira Unidade da nossa gloriosa FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB) entrar em combate na Itália, tendo regressado a Aquidauana, com seus heróis, mas tendo deixado, no cemitério brasileiro de Pistóia, seus mortos, posteriormente repatriados pelo próprio ex-comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Moraes, cuja patente lhe fora concedida pelo Congresso Nacional, além da condição de permanecer na ativa do Exército, enquanto vida tivesse, honraria semelhante atribuída, apenas, ao Tenente-Coronel Benjamim Constant Botelho de Magalhães, cujo nome por decisão idêntica, permanece, até hoje, no Almanaque do Exército.
A palestra acima referida pode ser acessada através do seguinte LINK:
http://edsonpaimescrevepaineldopaim.blogspot.com/2008/08/o-soldado-e-sua-participao-no.html
Faço-o, também, em virtude de meu arraigado amor à Pátria e do respeito às nossas Forças Armadas, além de não aceitar divisão maniqueísta entre militares e civis, pois os estes são nada mais, nada menos do que brasileiros fardados e eleitores, cujo direito de cidadania não podem ser obstaculizados.
Na minha visão, o Clube Militar, como instituição mais que centenária, deveria manter em seu site a matéria publicada, pois não se trata de uma instituição castrense e sim de uma entidade civil que tem a inarredável obrigação de defender a liberdade de imprensa e, particularmente, direito de veiculação de opiniões através da web.
Certamente os dirigentes do Clube Militar optaram por retirar a publicação, por causa de bom senso, a fim de evitar a radicalização por parte daqueles que, ao desconhecer a história das nossas Forças Armadas e dos seus integrantes, de todos os tempos, insistem em pregar a cizania entre a sociedade e a família militar.
(Escreveu o Coronel Edson Nogueira Paim)
Eis a matéria a que se refere o comentário supra:
Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.
Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.
Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.
Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes
repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.
Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.
Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar. Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.
Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012
V. Alte Ricardo Antonio da Veiga Cabral - Presidente Clube Naval
Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa - Presidente Clube Militar
Ten Brig Carlos de Almeida Baptista - Presidente Clube de Aeronáutica
Sem entrar no mérito dos dizeres contidos no documento intitulado "ALERTA Á NAÇÃO", sinto-me na obrigação de publicá-lo nos meus Blogs, em razão de minhas convicções democráticas, de meu respeito à liberdade de expressão, da qual nunca abdiquei, pois desde antes de entrar para o meu amado e glorioso Exército, fato que completará 64 anos no próximo dia 15 de março, sempre tive ao alcance de meu olhos a seguinte frase, então atribuída à Patrick Henry: "Não concordo com nada do que dizes, mas defenderei, até a morte, o direito de o dizeres".
Nesse período fui, não apenas mero espectador, mas partícipe da história militar e política do país, motivo pelo qual não poderia ficar alheio no instante em que a percepção de nossas Forças Armadas e do perfil do militares são muitas vezes distorcidos, quase sempre devido a sectarismo de alguns, de fora e de dentro da caserna, situação incompatível com o momento histórico em que vivemos, nos albores do advento do Brasil Potência, marchando aceleradamente rumo à posição de quarta economia do planeta, objetivo que sempre colimamos e do qual já podemos nos ufanar.
Em 1961, realizei palestra no Rotary Club de Aquidauana, intitulada "O SOLDADO E SUA PARTICIPAÇÃO NO DESENVOLVIMENTO SOCIAL DO BRASIL", na qualidade de representante do Comando da 1a. Cia do 9o. B.E. Comb. (a primeira Unidade da nossa gloriosa FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA (FEB) entrar em combate na Itália, tendo regressado a Aquidauana, com seus heróis, mas tendo deixado, no cemitério brasileiro de Pistóia, seus mortos, posteriormente repatriados pelo próprio ex-comandante da FEB, Marechal Mascarenhas de Moraes, cuja patente lhe fora concedida pelo Congresso Nacional, além da condição de permanecer na ativa do Exército, enquanto vida tivesse, honraria semelhante atribuída, apenas, ao Tenente-Coronel Benjamim Constant Botelho de Magalhães, cujo nome por decisão idêntica, permanece, até hoje, no Almanaque do Exército.
A palestra acima referida pode ser acessada através do seguinte LINK:
http://edsonpaimescrevepaineldopaim.blogspot.com/2008/08/o-soldado-e-sua-participao-no.html
Faço-o, também, em virtude de meu arraigado amor à Pátria e do respeito às nossas Forças Armadas, além de não aceitar divisão maniqueísta entre militares e civis, pois os estes são nada mais, nada menos do que brasileiros fardados e eleitores, cujo direito de cidadania não podem ser obstaculizados.
Na minha visão, o Clube Militar, como instituição mais que centenária, deveria manter em seu site a matéria publicada, pois não se trata de uma instituição castrense e sim de uma entidade civil que tem a inarredável obrigação de defender a liberdade de imprensa e, particularmente, direito de veiculação de opiniões através da web.
Certamente os dirigentes do Clube Militar optaram por retirar a publicação, por causa de bom senso, a fim de evitar a radicalização por parte daqueles que, ao desconhecer a história das nossas Forças Armadas e dos seus integrantes, de todos os tempos, insistem em pregar a cizania entre a sociedade e a família militar.
(Escreveu o Coronel Edson Nogueira Paim)
Eis a matéria a que se refere o comentário supra:
ALERTA Á NAÇÃO
17/02 - MANIFESTO INTERCLUBES MILITARES |
. Texto completo |
Logo no início do seu mandato, os Clubes Militares transcreveram a mensagem que a então candidata enviara aos militares da ativa e da reserva, pensionistas das Forças Armadas e aos associados dos Clubes. Na mensagem a candidata assumia vários compromissos. Ao transcrevê-la, os Clubes lhe davam um voto de confiança, na expectativa de que os cumprisse.
Ao completar o primeiro ano do mandato, paulatinamente vê-se a Presidente afastando-se das premissas por ela mesma estipuladas. Parece que a preocupação em governar para uma parcela da população sobrepuja-se ao desejo de atender aos interesses de todos os brasileiros.
Especificamente na semana próxima passada, e por três dias consecutivos, pode-se exemplificar a assertiva acima citada.
Na quarta-feira, 8 de fevereiro, a Ministra da Secretaria de Direitos Humanos concedeu uma entrevista à repórter Júnia Gama, publicada no dia imediato no jornal Correio Braziliense, na qual mais uma vez asseverava a possibilidade de as partes que se considerassem ofendidas por fatos ocorridos nos governos militares pudessem ingressar com ações na justiça, buscando a responsabilização criminal de agentes
repressores, à semelhança ao que ocorre em países vizinhos. Mais uma vez esta autoridade da República sobrepunha sua opinião à recente decisão do STF, instado a opinar sobre a validade da Lei da Anistia. E, a Presidente não veio a público para contradizer a subordinada.
Dois dias depois tomou posse como Ministra da Secretaria de Política para as Mulheres a Sra Eleonora Menicucci. Em seu discurso a Ministra, em presença da Presidente, teceu críticas exarcebadas aos governos militares e, se auto-elogiando, ressaltou o fato de ter lutado pela democracia (sic), ao mesmo tempo em que homenageava os companheiros que tombaram na refrega. A platéia aplaudiu a fala, incluindo a Sra Presidente. Ora, todos sabemos que o grupo ao qual pertenceu a Sra Eleonora conduziu suas ações no sentido de implantar, pela força, uma ditadura, nunca tendo pretendido a democracia.
Para finalizar a semana, o Partido dos Trabalhadores, ao qual a Presidente pertence, celebrou os seus 32 anos de criação. Na ocasião foram divulgadas as Resoluções Políticas tomadas pelo Partido. Foi dado realce ao item que diz que o PT estará empenhado junto com a sociedade no resgate de nossa memória da luta pela democracia (sic) durante o período da ditadura militar. Pode-se afirmar que a assertiva é uma falácia, posto que quando de sua criação o governo já promovera a abertura política, incluindo a possibilidade de fundação de outros partidos políticos, encerrando o bi-partidarismo.
Os Clubes Militares expressam a preocupação com as manifestações de auxiliares da Presidente sem que ela, como a mandatária maior da nação, venha a público expressar desacordo com a posição assumida por eles e pelo partido ao qual é filiada e aguardam com expectativa positiva a postura de Presidente de todos os brasileiros e não de minorias sectárias ou de partidos políticos.
Rio de Janeiro, 16 de fevereiro de 2012
V. Alte Ricardo Antonio da Veiga Cabral - Presidente Clube Naval
Gen Ex Renato Cesar Tibau da Costa - Presidente Clube Militar
Ten Brig Carlos de Almeida Baptista - Presidente Clube de Aeronáutica
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